Histórico - QUEM É LORENZO BALEN?


Lorenzo Gabriel Balen tem 24 anos e é graduado no curso de Licenciatura em Ciências Sociais, pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE/Toledo. Tem formação para atuar profissionalmente como professor de Sociologia na educação básica.

Saiu da casa dos pais aos 14 anos na necessidade de um emprego e de concluir os estudos básicos. Isso lhe impôs responsabilidades e proporcionou diversas experiências, tendo que trabalhar desde office-boy, auxiliar de escritório, arte-finalista, diagramador, auxiliar de pintor, estagiário até vendedor.

Em 2006 conseguiu entrar na Universidade, mas teve diversas dificuldades para permanecer estudando. Tais condições fizeram com que fosse necessário lutar. Desde então, tem participado ativamente de vários projetos e lutas sociais.

Sessão da Câmara de Vereadores
onde estava sendo discutida a
construção do Restaurante 
Universitário 

na região das Universidades (2007)
Desde o primeiro ano de sua graduação, Lorenzo Gabriel Balen participou de diversas organizações. Percebeu a importância de as pessoas assumirem parte nos espaços de representação e decisão. Teve acertos assim como teve erros, o que possibilitou melhorar e aprofundar o entendimento teórico e prático sobre e na realidade. E foi isso que, diante das contradições sociais e a desnaturalização da realidade, possibilitou assimilar a necessidade de superação do sistema capitalista (mesmo sendo uma árdua tarefa) e na luta pela construção do socialismo (embora haja muita distorção sobre o assunto).

Encontro que reuniu mais de 300
estudantes de todos os campi da
Unioeste. Dentre as discussões,
a luta contra a precarização da
educação pública e a
terceirização dos serviços imposta
pelo Governo do PSDB. (2012)
Na militância do movimento estudantil, colaborou na re-fundação do Centro Acadêmico de Ciências Sociais e do Diretório Central dos Estudantes – DCE, sendo eleito Coordenador Geral nas duas associações, em momentos diferentes. Além disso, já foi representante estudantil no Colegiado do Curso (espaço de decisão das políticas  pedagógicas e curriculares do curso), no Conselho de Campus (espaço de decisão quanto à administração e o planejamento do campus) e no Conselho Universitário – COU (espaço máximo de decisão da universidade que reunie todos os campi e é onde decide os rumos pedagógicos, administrativos, e políticos da universidade e seu impacto na sociedade). Participou de diversas comissões de estudo e trabalho dentro da universidade, como a Comissão de Auto-avaliação Institucional, em que foi único estudante participante por 2 anos.

Manifestação estadual em Curitiba
contra o corte de verbas das
universidades estaduais (2012).
Dentro da universidade, pôde fortalecer lutas contra o autoritarismo que aflingia funcionários e estudantes. Participou ativamente da luta contra a intervenção, em 2008, levando à frente a campanha pedindo o fim da Lista Tríplice (uma Lei Estadual, que contém resquícios da Ditadura Militar, que possibilita ao Governador escolher que serão os reitores das universidades e diretores dos colégios estaduais, apesar de haver a “eleição” com a comunidade escolar).

Ato unificado dos trabalhadores
da educação municipal e estadual
de Toledo (2011)
Pôde colaborar em diversos momentos com a juventude estudantil do ensino médio, em que auxiliava a criação de grêmios estudantis e levantava discussões sobre os problemas nas escolas. Uma delas foi contra o assédio moral que atingia os estudantes, quando eram condicionados a pagar taxas de APMF, matrícula e para retirar os boletins. Colocavam as taxas como sendo obrigatórias mas não há respaldo legal para tanto, - pelo contrário. Nesse sentido denunciava quem fizesse isso. Colaborou, também na época, com o início de discussões sobre os problemas do transporte público coletivo e a necessidade de lutar pela criação da Lei que garantisse o Passe-Livre para todos os estudantes, como condição fundamental de acesso à educação, ao trabalho, à cultura, o esporte e o lazer.

Assembléia geral dos
estudantes da Unioeste
que decidiu fortalecer a
luta pela instalação do
restaurante universitário
(2011)
A luta pelo Restaurante Universitário é a que mais pesa. Iniciando, em Toledo, com o popular “sopão” como ato de protesto, os estudantes buscam ainda hoje formas de garantir a construção do restaurante universitário (uma espécie de restaurante popular dentro da universidade). Tanto que, após as pressões iniciais, isso foi inserido como meta no projeto de desenvolvimento institucional da Unioeste, embora ainda não tenha saído do papel. Nesse sentido já se pressionou reitores, diretores, o governo e ainda a prefeitura de Toledo, para que algo fosse feito. Afinal, o direito de uma educação pública não se dá somente pelo acesso (que já é excludente com a existência do vestibular e a péssima qualidade da educação básica), mas também exige condições de permanecer estudando.

Em 2007, enquanto membro de uma entidade de representação, apresentou uma emenda no orçamento municipal, requerendo que fosse realizada uma parceria da Prefeitura com a Unioeste para a construção do Restaurante Universitário. Porém, a proposta foi reprovada pelos vereadores da base de sustentação do prefeito.

Seminário que discutiu o problema
da concentração da terra e os
impactos na sociedade. Tal evento
lançou o plebiscito pelo limite
da propriedade da terra (2010)
Em 2010, último ano em que atuou como coordenador do DCE, juntamente com outras entidades organizaram o seminário "Debate da concentração da terra e os impactos na sociedade do século XXI”, evento que discutiu o problema da concentração da terra, o latifúndio, o agronegócio e a agroindústria, a produção de alimentos e a geração de emprego (ou a causa do desemprego), sendo pautada a necessidade de reforma agrária, fde ortalecer o apoio aos pequenos produtores (que são quem realmente produzem a maioria dos alimentos dos brasileiros) e lutar contra  as investidas do agronegócio. Tal evento serviu como lançamento e o  fortalecimento do Plebiscito pelo Limite da Terra, que ocorreu nas ruas de Toledo durante o mês de setembro, proporcionando à população se manifestar sobre o assunto.

Reunião aberta para discutir o
toque de recolher. A
 repercussão na sociedade
pressionou pela derrubada
do projeto de Lei (2011)
Em 2011, estando novamente como coordenador do Centro Acadêmico de Ciências Sociais, participou da discussão e da luta contra o Toque de Recolher (Toque de "Acolher"), projeto de Lei que havia sido apresentado pelo vereador Ademar Dorfschmidt (PMDB), em que justificava a necessidade de impedir os jovens de permanecer e andar pelas ruas a partir das 22h usando o exemplo (elogiado por ele) da Alemanha nazista, onde haviam sirenes nas ruas que obrigavam as pessoas a se recolherem  nas suas casas após o toque. No entanto, a mobilização surtiu efeito e o projeto foi derrotado.

Nas ruas de Toledo, participou ativamente, em 2006, da campanha pelo fim do nepotismo (contratação de parentes nos órgãos públicos sem a realização de concurso público), entendendo que o serviço público não é para ser um grande negócio de família. As mobilizações até lhe renderam uma perseguição política por parte dos políticos defensores do nepotismo, tendo isso repercutido na época.


Manifestação de mais de 300 pessoas
nas ruas de Toledo contra a
Emenda 3 e de denúncia contra
os deputados da região que se
manifestavam favoráveis à
flexibilização dos direitos trabalhistas.
(2007)
Em 2007, esteve presente em todos os momentos das discussões sobre a Emenda 3 (um projeto que estava em pauta no Congresso e visava retirar e flexibilizar os direitos trabalhistas). Organizaram a “marcha dos 300”, em que estudantes, sindicalistas, professores e operários manifestaram-se, numa noite fria de inverno, contra a Emenda 3 - um projeto que visava retirar os direitos trabalhistas.  Até hoje o projeto está engavetado, mas há risco de voltar para  votação no Congresso. Ainda mais neste momento em que os Governos do PT e do PSDB caminham de braços dados na retirada dos direitos trabalhistas e de precarização dos serviços públicos e das condições de trabalho.

Atuou também, na luta contra o aumento do IPTU e na denúncia contra a especulação imobilária em Toledo. 
Solidarizou-se com diversas lutas e atos: na luta dos trabalhadores da Sadia pela fundação de um novo sindicato que realmente defendesse os trabalhadores; na colaboração com as ações da AP-LER (Associação dos Portadores de Lesões por Esforços Repetitivos), entidade que organiza os trabalhadores lesionados devido o intenso ritmo de trabalho.

Ato regional em Toledo que mobilizou mais de 100 estudantes
e trabalhadores em solidariedade ao povo do
Pinheirinho (São José dos Campos-SP), que havia sido
massacrado pela PM.  (2012)
No início de 2012, ajudou a fortalecer o apoio nacional às famílias de sem-teto qe foram expulsas de suas casas brutalmente pela PM a mando do Governo do PSDB de São Paulo. Na oportunidade, aproveitou-se para denunciar o forte esquema da especulação imobiliária e o problema do aluguel em Toledo. Além disso, corroborou com a solidariedade em relação as 50 famílias de Guaira (PR), que foram despejadas de suas casas a mando da prefeitura, ficando em condições sub-humanas de sobrevivência. 

Comissão Organizadora da
1ª Conferência Livre Regional de
Comunicação, evento que reuniu
diversas pessoas para tratar da
necessidade de controle social
sobre os meios de comunicação (2009)
Já participou de inúmeras conferências de políticas públicas, sendo as de Assistência Social, Saúde, Educação, Segurança Pública, Saúde Ambiental, Cultura e Juventude. Desta última, foi eleito delegado por Toledo para a Conferência Estadual, defendendo as liberdades da juventude e a criação de políticas públicas na área. Através da organização do Seminário “Pela Democratização dos Meios de Comunicação”, impulsionou a realização da 1ª Conferência Livre Regional de Comunicação, evento que pautou a necessidade de democratização dos meios de comunicação.

Ato no centro de Toledo na defesa
do cumprimento dos 33% de
hora atividade, bem como dos
10% do PIB para a educação
pública já! (2012)  
Além disso, participou de campanhas e lutas em defesa da educação e pela aplicação de 10% do PIB para a Educação Pública Já. Tem colaborado com a App de Luta e Pela Base (Oposição Alternativa APP-Sindicato), sendo que o grupo venceu as eleições para a diretoria local do sindicato dos professores e funcionários, mas a direção estadual do sindicato impediu a tomada de posse pelo simples fato de não aceitar a derrota, desrespeitando o próprio estatuto e o regimento eleitoral.  

Participa também das lutas junto aos professores e funcionários dos colégios e das universidades contra o corte de verbas da educação.

Reunião do Conselho Universitário
(2012)
Através do Conselho Universitário da Unioeste, tem defendido a aplicação da resolução que torna obrigatória a inclusão das disciplinas de Sociologia e Filosofia em todos os anos do Ensino Médio, bem como os critérios de contratação de profissionais aptos para ministrar tais aulas. Ao menos através da Unioeste, conseguiu a aprovação de uma solicitação ao Governo do Estado para que cumpra a resolução e ainda mantenha a atual carga horária semanal (pois o governo quer reduzir).

Reunião de fundação do PSOL (2011)
É um dos fundadores do PSOL em Toledo. Ocorreu em setembro de 2011, durante um encontro que reuniu dezenas de pessoas no intuito de discutir e encaminhar ações para a criação de uma nova ferramenta de organização de luta social em Toledo. Daí surgiu um novo partido mas não com os mesmos interesses. A linha de ação proposta foi a de reorganização da classe trabalhadora, a formação política e mobilização da juventude, a denúncia pública sobre os problemas sociais e suas causas e o fortalecimentos das lutas contra as opressões. Sempre  apontando para necessidade de superação do capitalismo e construção do socialismo como única forma de superar as desigualdades e a exploração social.

Ato do dia 1º de Maio, que ocorreu na
Vila Pioneiro (2012)
Em maio deste ano, juntamente com diversas organizações, colaborou na organização do ato do 1º de maio, data de luta dos trabalhadores e trabalhadoras do mundo. Na ocasião, fizeram panfletagens e conversas com os trabalhadores na maioria das indústrias de Toledo, denunciando a alta exploração por parte dos patrões em seu incessante desejo de  produzir mais, às custas dos trabalhadores, que não têm seus direitos respeitados e cada vez mais estão doentes.

Nos últimos dias, esteve envolvido na difusão do Projeto de Lei de Iniciativa Popular que visa reduzir os salários dos vereadores e aprovar um mecanismo que impossibilite aos vereadores aumentarem seus salários quando bem desejarem. Para tal projeto ser apresentado, depende da coleta de assinaturas dos eleitores de Toledo, o que está ocorrendo. 




Ato em repúdio ao aumento dos
salários dos vereadores de
Toledo (2012)

Ato dia 30 de agosto em defesa da Educação Pública (2012)